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89. Equipes de músicas

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04.05.2017 | 3 minutos de leitura
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89. Equipes de músicas

Eu não sou cantora, nem filha de cantores... Sou como disse o profeta Amós, uma pobre roceira que estava lá na roça cuidando de umas ovelhinhas quando o Senhor me chamou à teologia e, consequentemente, à música religiosa. Por convivência com um grande amigo musicista, acabei compondo em parceria com ele muitas canções e, confesso, aprendi muito. Isso não me faz doutora no assunto, nem me atrevo a tal, mas para falar do que pretendo neste texto, não é preciso doutorice de um diploma de conservatório; é necessário apenas bom senso – litúrgico e musical.


As equipes de músicas que têm o ofício de ajudar nas liturgias estão cada vez mais confusas. Umas fazem showzinhos, cada músico querendo mostrar seu dom. Outras, em nome da popularidade, improvisam e cantam qualquer coisa. Outras ainda funcionam no sistema coral, com um órgão arranhado acompanhando um bando de vozes mal harmonizadas. De fato, tem sido desanimador! Há grupos que são tão ruins que, quando a gente chega na igreja e vê quem vai cantar, dá vontade de voltar para casa. A gente só não volta em nome da comunhão que precisa ser celebrada – mesmo em meio ao desatino musical – e da gratidão à comunidade eclesial por ter nos transmitido a fé, dom tão precioso. Mas que dá vontade, ah!, dá sim.


Independente da qualidade musical do grupo, um problema tem sido frequente por onde ando. As músicas têm introduções musicais muito longas, coisa tolerável num canto de entrada ou de comunhão, mas não nas músicas que compõem o corpo da liturgia, tais como o glória, o santo, o amém do Por Cristo, o pai-nosso etc. Dá um desânimo quando o presidente da celebração diz: “...com os anjos e santos, cantando a uma só voz...”, e a voz não pode sair da garganta e tem de ficar presa, esperando a introdução musical acabar, um enfeite irritante que tira a gente do clima da oração. Tenho medo que os anjos e santos se cansem, rezem seu hosana antes de nós e nos deixem a ver navios. Um mínimo de bom senso ensina que nessa hora não cabe introdução musical. Basta uma batida no violão para dar o tom e todo mundo já entra cantando. O mesmo seja dito do amém do Por Cristo. Enquanto os músicos enfeitam para cantar, o povo já disse seu amém há muito tempo. É uma lerdeza que não dá para entender. Um pouco de agilidade e de presteza fica bem nesses casos. Não é bonito o povo rezando seus refrãos e a equipe de música cantando atrasado, num eco desafinado de impacientar quem tem senso crítico.


Aos párocos, imploro: ajudem pacientemente as equipes de música a cantar com beleza, leveza e popularidade, de forma que todos cantem a missa. Aos cantores e músicos, aconselho: coragem na missão, humildade no ofício, bom senso sempre! Fica aí a dica!







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