108. Organizar para melhor servir
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21.10.2020 | 4 minutos de leitura

Dicas diversas

Sem organização não é possível servir bem. Uma pastoral bem pensada e planejada exige uma estrutura de apoio para que ela se efetive, para que saia do papel e possa se tornar vida nas comunidades cristãs. A enorme boa vontade dos agentes e as boas ideias se desfazem feito bolhas de sabão, quando não há uma logística que lhe dê condições de se tornar carne, de ganhar corpo. Daí a importância de organizar para melhor servir.
Na crise sanitária atual, temos visto como nossas igrejas trabalham de forma amadora, sem planejamentos, sem projetos, sem estruturas eclesiais que fortaleçam a pastoral, sem recursos humanos capacitados para o desenvolvimento da práxis cristã e sem recursos financeiros indispensáveis para o bom êxito dos trabalhos. Tudo funciona a toque de caixa. Precisa de uma catequista? Avisa na igreja e logo aparece uma pessoa disposta a arriscar-se. Precisa de um agente para a pastoral do batismo? Chama uma pessoa igrejeira e lhe confere a tarefa. Precisa de uma equipe de música? Chama um jovem músico qualquer e lá vai ele se aventurar na liturgia. Precisa de alguém para organizar as cestas básicas? Chama os vicentinos e eles que se virem para fazer a caridade seguindo os passos de Frederico Ozanan. E assim vai. De improviso em improviso, as igrejas cristãs montam o edifício de sua pastoral. Na primeira tempestade, a casa construída sobre a areia vira ruínas.
Para se fazer uma boa pastoral é preciso planejamento e investimento. É preciso saber onde estamos e onde queremos chegar. Só aí podemos traçar o itinerário a ser percorrido. Mas, para isso, se faz mais que importante pensar a sociedade em que vivemos e quem são as pessoas a quem a pastoral se destina. Não devemos viver iludidos, achando que o homem e a mulher contemporâneos pensam como os fiéis católicos de outrora. Com perfil mais de peregrino que de fiel, o católico procura uma comunidade de fé para se aninhar, mas sua pertença vai depender da afirmação de sua subjetividade. Se a eclesia confirma sua interioridade e lhe ajuda a ser quem verdadeiramente é, sem mentiras e falsidades, pode ser que ele aceite a proposta da fé cristã e crie laços afetivos e efetivos com a comunidade, desejando ficar.
Para falar ao coração dos contemporâneos, é preciso repensar nossa teologia e nossa eclesiologia. Se repetimos chavões e jargões teológicos, que são apenas lengalengas para o homem e a mulher modernos, sem nenhuma pertinência e razoabilidade, então nossa pastoral está fadada ao fracasso. Pode ser que momentaneamente ela atraia os mais inseguros e mais confusos, que vivem à procura de um castelo para se esconder, mas esse castelo é de areia e não subsistirá por muito tempo. Se a gente tem uma boa eclesiologia, adequada para os contemporâneos, e uma boa teologia, na qual a boa nova de Jesus é força para viver e não um monte de regras e doutrinas, então nosso projeto pastoral já começa com boa base.
Daí, é coragem para investir e arriscar no novo. E começam as perguntas. Com que recursos humanos e financeiros podemos contar? Quais os recursos dos quais dispomos? Como conseguir mais colaboradores? Quanto a paróquia está disposta a investir nesse projeto? Onde buscar mais recursos humanos e financeiros? Como fazer isso? O que organizar primeiro? Por onde começar?
Sem um planejamento bem feito – que vai desde o reconhecimento da sociedade até a teologia que sustenta o projeto, dos recursos financeiros até os recursos humanos, do engajamento do presbítero até a conscientização dos fiéis, não há pastoral que consiga mostrar sua eficácia. A história tem mostrado que boa vontade e entusiasmo não são suficientes para fazer pastoral. É preciso seriedade, profissionalização, capacidade de planejamento, de gestão e de execução do projeto traçado. É preciso boa teologia, boa eclesiologia e muita, mas muita abertura para o novo. Sem isso, é a falência de nossos esforços. Fica aí a dica!
Na crise sanitária atual, temos visto como nossas igrejas trabalham de forma amadora, sem planejamentos, sem projetos, sem estruturas eclesiais que fortaleçam a pastoral, sem recursos humanos capacitados para o desenvolvimento da práxis cristã e sem recursos financeiros indispensáveis para o bom êxito dos trabalhos. Tudo funciona a toque de caixa. Precisa de uma catequista? Avisa na igreja e logo aparece uma pessoa disposta a arriscar-se. Precisa de um agente para a pastoral do batismo? Chama uma pessoa igrejeira e lhe confere a tarefa. Precisa de uma equipe de música? Chama um jovem músico qualquer e lá vai ele se aventurar na liturgia. Precisa de alguém para organizar as cestas básicas? Chama os vicentinos e eles que se virem para fazer a caridade seguindo os passos de Frederico Ozanan. E assim vai. De improviso em improviso, as igrejas cristãs montam o edifício de sua pastoral. Na primeira tempestade, a casa construída sobre a areia vira ruínas.
Para se fazer uma boa pastoral é preciso planejamento e investimento. É preciso saber onde estamos e onde queremos chegar. Só aí podemos traçar o itinerário a ser percorrido. Mas, para isso, se faz mais que importante pensar a sociedade em que vivemos e quem são as pessoas a quem a pastoral se destina. Não devemos viver iludidos, achando que o homem e a mulher contemporâneos pensam como os fiéis católicos de outrora. Com perfil mais de peregrino que de fiel, o católico procura uma comunidade de fé para se aninhar, mas sua pertença vai depender da afirmação de sua subjetividade. Se a eclesia confirma sua interioridade e lhe ajuda a ser quem verdadeiramente é, sem mentiras e falsidades, pode ser que ele aceite a proposta da fé cristã e crie laços afetivos e efetivos com a comunidade, desejando ficar.
Para falar ao coração dos contemporâneos, é preciso repensar nossa teologia e nossa eclesiologia. Se repetimos chavões e jargões teológicos, que são apenas lengalengas para o homem e a mulher modernos, sem nenhuma pertinência e razoabilidade, então nossa pastoral está fadada ao fracasso. Pode ser que momentaneamente ela atraia os mais inseguros e mais confusos, que vivem à procura de um castelo para se esconder, mas esse castelo é de areia e não subsistirá por muito tempo. Se a gente tem uma boa eclesiologia, adequada para os contemporâneos, e uma boa teologia, na qual a boa nova de Jesus é força para viver e não um monte de regras e doutrinas, então nosso projeto pastoral já começa com boa base.
Daí, é coragem para investir e arriscar no novo. E começam as perguntas. Com que recursos humanos e financeiros podemos contar? Quais os recursos dos quais dispomos? Como conseguir mais colaboradores? Quanto a paróquia está disposta a investir nesse projeto? Onde buscar mais recursos humanos e financeiros? Como fazer isso? O que organizar primeiro? Por onde começar?
Sem um planejamento bem feito – que vai desde o reconhecimento da sociedade até a teologia que sustenta o projeto, dos recursos financeiros até os recursos humanos, do engajamento do presbítero até a conscientização dos fiéis, não há pastoral que consiga mostrar sua eficácia. A história tem mostrado que boa vontade e entusiasmo não são suficientes para fazer pastoral. É preciso seriedade, profissionalização, capacidade de planejamento, de gestão e de execução do projeto traçado. É preciso boa teologia, boa eclesiologia e muita, mas muita abertura para o novo. Sem isso, é a falência de nossos esforços. Fica aí a dica!
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