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17. Janela de vidro

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25.03.2014 | 3 minutos de leitura
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Para Meditar
17. Janela de vidro

Solange Maria do Carmo



Padre Geraldo Orione de
Assis Silva


Juca e Celito são dois meninos travessos da Rua Quinze. São colegas vizinhos, mas quase sempre estão brigando. Certa vez, voltando da escola, se desentenderam. Celito começou a insultar o companheiro, gritando palavrões. Juca pegou uma pedra e lançou-a com força contra o colega. A pedra, porém, voou alto e atingiu a vidraça da casa de Dona Marta. A vidraça era fraca e se quebrou. A pedra entrou pela casa adentro, com vidraça e tudo, e foi bater de cheio na testa da mãe de Dona Marta, que era velhinha e vivia sentada numa cadeira de rodas. A velhinha se assustou e caiu da cadeira, quebrando o braço.


Foi uma correria como jamais se tinha visto! Juca correu para a praça. Celito correu para o parque. A vizinhança correu para acudir a velhinha machucada e, depois, correram para o hospital. Alguns quiseram correr atrás dos meninos, mas eles já haviam corrido para bem longe, feito um foguete.


Porém, quando a noite chegou, era preciso voltar para a casa. Os meninos foram chegando, meio desconfiados e com medo de enfrentar a situação. Encontraram seus pais conversando no portão. Não dava mais para correr, porque os pais já os tinham visto e chamavam:


- Juca! Celito! Venham cá! Precisamos conversar!


Os meninos se aproximaram, tremendo de medo e ouviram a terrível pergunta:


- Quem foi o responsável por toda essa confusão?


Juca respondeu:


- Foi o Celito. Ele é que mexeu comigo.


Mas, Celito retrucou:


- O Juca é que é culpado. Ele é que jogou a pedra.


Então, Juca revidou, olhando piedoso para sua mãe:


- Mas eu só joguei a pedra, porque ele me insultou.


Celito tornou a retrucar:


- Eu não insultei. Só estava brincando.


E ficaram um bom tempo discutindo, até que seus pais lhes disseram:


- Muito bonito! Agora que o mal está feito, ninguém tem culpa. Não adianta um querer culpar o outro. Os dois precisam assumir o erro e tentar consertar a bagunça que fizeram. Um não precisava ter insultado. O outro não precisava ter jogado a pedra. Agora, então, os dois juntos precisam consertar tudo isso.


No dia seguinte, os meninos foram com seus pais visitar a velhinha machucada e pediram desculpas. E, durante aquela semana, eles venderam picolé na praça, para ajudar a pagar as despesas do hospital. E a janela de vidro, é claro.