241. Chamados a amar
“És precioso a meus olhos…
Eu te amo” (Is 43,4)
“O Deus que me criou
me quis,
me consagrou
Para anunciar o seu amor”
(Zé Vicente)
Em agosto a Igreja nos convida a celebrar o mês dedicado às vocações.Geralmente, ao evocar a palavra vocação, vem à mente a imagem de jovens, moças e rapazes, que saem do seu núcleo familiar e se inserem em uma instituição eclesial de formação para viverem um determinado carisma. Embora essa também seja uma realidade, não é a única. O sentido do mês vocacional é mais amplo que esse.
Na reflexão sobre as vocações,em primeiro lugar está a vocação à vida. Dele decorrem todos os outros.
Os últimos acontecimentos provocados pela COVID-19 têm suscitado amplas reflexões sobre o modo de o ser humano ser e estar no mundo. Perguntas sobre o sentido da vida, o destino da humanidade e até sobre a existência de Deus invadiram os debates acadêmicos, os círculos de Arte e os púlpitos religiosos. Cada um desses segmentos busca um meio de dar respostas plausíveis para tantos e tão profundos questionamentos de ordem filosófica, religiosa e existencial.
De fato, a morte de tanta gente leva a pensar sobre o chamado vocacional à vida. Em meio ao desemprego, às incertezas, às necessidades físicas, emocionais e espirituais, como respondemos ao chamado vocacional do Criador? Temos sido cuidadores de nossa vida e da vida daqueles com quem partilhamos o caminho da existência? Temos propagado o amor que recebemos do Criador ou temos atrelado nossa vida à cultura do descarte e da morte dos menos favorecidos? Temos compactuado com a cultura de morte que privilegia a vida de uns em detrimento da vida de outros?
Para nós cristãos, esses questionamentos devem ser respondidos à luz do Evangelho e do mistério de Cristo. No seguimento de Jesus, encontramos o nosso modo de ser e de estar no mundo. Aquele que passou pelo mundo fazendo o bem, curando e salvando a todos, quer a vida plena de cada ser humano e de cada criatura da nossa casa comum, o planeta Terra. Ele não desdenha uma vida humana em favor de outra. Ao contrário, ele defende a vida mais fragilizada, a mais desprotegida, a mais ameaçada, a mais violentada. Em Cristo, o bom pastor que cuida de suas ovelhas, encontramos força e luz promover a vida em sua plenitude e dar testemunho do amor que do Pai Criador recebemos. Porque por ele somos amados, podemos corresponder ao chamado a amar.
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